segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Maçã No Jornal Nacional

24/04/2010

JN sábado 24/04/2010 – “São Joaquim (SC) se transforma na capital brasileira da maçã. Este ano, a safra da fruta deve chegar a um milhão de toneladas. Vinte por cento delas são produzidas em São Joaquim, na Serra Catarinense”.

Uma cidade na Serra Catarinense se transformou nos últimos dias na capital brasileira da maçã. A vida não era doce quando Fumio Hiragami, então com 9 anos, veio com a família para o Brasil trabalhar como bóia-fria nas lavouras de algodão do Paraná. “Desde o Japão já era pobre. Então, qualquer coisa que pode vir pela frente a gente tem coragem de enfrentar”, afirmou o produtor de maçã.

Trinta e seis anos atrás, 13 famílias de imigrantes japoneses, entre elas a de Seu Hiragami, vieram para São Joaquim, na Serra Catarinense, tentar a sorte como pioneiras no cultivo da maçã. A experiência deu tão certa que hoje o município é coberto de pomares e se orgulha de produzir as melhores maçãs do Brasil.

“Nós temos altitude e frio intenso. A consequência disso são frutas de formato perfeito, coloração intensa e muito saborosas”, destaca o engenheiro agrônomo Celito Soldá.

É o que os turistas podem provar e comprovar na Festa Nacional da Maçã, que há 18 anos deixa os visitantes com água na boca. “É mais suculenta”, elogia a artista plástica Cristina Bottallo.

É uma tentação de cores, sabores e tamanhos. João Paulo da Silva Moraes, de 7 anos, ficou encantado com a minúscula Menina de Alpes, a menor das maçãs. “Dava para engolir uma inteira”, comentou.

Quanta diferença para a Sekaiichi, a maior de todas, com quase um quilo. “Isso é prima da melancia. Linda a maçã”, diz o comerciante Almeida Correia de Matos Júnior.

Mas as favoritas dos brasileiros são duas variedades: a Gala e a Fuji. A produção delas garante 30 mil empregos na indústria e no campo. Este ano, a safra brasileira vai chegar a um milhão de toneladas, e 20% vêm dos pomares de São Joaquim. Um deles é de Keiko Hiragami, filha e herdeira da tradição iniciada pelo pai.

“Fico muito emocionada, porque a gente sabe o que eles batalharam para chegar”, disse a produtora de maçãs.

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